Uso palavras emprestadas para dizer quem sou
Encontro sempre um modo de parecer quem quero
Quando meio Adélia invento um passado e mostro-me mulher madura
Noutro dia sendo Clarice encontro mistérios em mim
Florbela é o auge da intenção de desnudar-me sangrenta
Brinco de inventar com o Rosa
Simplifico sentimentos ao parecer Quintana
Valso com Chico ao sentir-me mulher
Drummond me ajuda a carregar o mundo
E vou assim tal qual personagem sem rosto
domingo, 24 de maio de 2009
Ele vive naquela caravela que mal se vê Homem simples nem sempre rude Vive como quem espera chegar a outra margem Exilado em si mesmo Preso às cores do passado Alheio ao presente Dulce moura
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