nem precisa esperar pelos fogos
o ano começa
com ou sem eles
Uso palavras emprestadas para dizer quem sou Encontro sempre um modo de parecer quem quero Quando meio Adélia invento um passado e mostro-me mulher madura Noutro dia sendo Clarice encontro mistérios em mim Florbela é o auge da intenção de desnudar-me sangrenta Brinco de inventar com o Rosa Simplifico sentimentos ao parecer Quintana Valso com Chico ao sentir-me mulher Drummond me ajuda a carregar o mundo E vou assim tal qual personagem sem rosto
quarta-feira, 28 de dezembro de 2011
segunda-feira, 26 de dezembro de 2011
domingo, 25 de dezembro de 2011
cozinhava e cantava
como a mãe dos poemas de Adélia
mas uma janela no meio do caminho mostrava a vida lá fora
um homem na calçada
sozinho
deitado
contrariando qualquer receita de felicidade natalina
um homem na calçada
e eu
de cima
perturbada
arranhando as panelas com aquela cena
quem deixou o homem ali
nas cenas de Natal ele não cabe
sem cerimônia
a vida crua
absolutamente real
invadiu meu sonho de Natal
como a mãe dos poemas de Adélia
mas uma janela no meio do caminho mostrava a vida lá fora
um homem na calçada
sozinho
deitado
contrariando qualquer receita de felicidade natalina
um homem na calçada
e eu
de cima
perturbada
arranhando as panelas com aquela cena
quem deixou o homem ali
nas cenas de Natal ele não cabe
sem cerimônia
a vida crua
absolutamente real
invadiu meu sonho de Natal
quinta-feira, 22 de dezembro de 2011
Quando se pede com muita vontade,
vontade daquelas que só mãe conhece,
dá certo:
uma,
duas,
três vezes.
A casa se arruma e aumenta,
os braços se multiplicam,
quando o desejo é tão grande
que não cabe só no sonho.
Quem ainda duvida da vida?
Como se pode pensar em parar de querer?
E de querer mais..
Se a vida é explosão
sem controle,
não se pode ter medo.
E a moça não tem medo.
Pediu e acreditou.
Nasceu guerreira,
mãe de muitos...
A moça fez a vida andar
no tempo certo.
Dulce
vontade daquelas que só mãe conhece,
dá certo:
uma,
duas,
três vezes.
A casa se arruma e aumenta,
os braços se multiplicam,
quando o desejo é tão grande
que não cabe só no sonho.
Quem ainda duvida da vida?
Como se pode pensar em parar de querer?
E de querer mais..
Se a vida é explosão
sem controle,
não se pode ter medo.
E a moça não tem medo.
Pediu e acreditou.
Nasceu guerreira,
mãe de muitos...
A moça fez a vida andar
no tempo certo.
Dulce
sexta-feira, 16 de dezembro de 2011
era boa nisso
gente de longe procurava por ela
acreditando em suas histórias
quanto menos palavras
mais a mulher inventava romances
ficava mais fácil
pra ela
colocar palavras em outras bocas
as que mais gostava
todas imaginadas pra ficarem bem ditas
nem precisava de rascunho
saiam de uma vez só
porque bem antes já estavam nela
sábado, 3 de dezembro de 2011
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