Uso palavras emprestadas para dizer quem sou Encontro sempre um modo de parecer quem quero Quando meio Adélia invento um passado e mostro-me mulher madura Noutro dia sendo Clarice encontro mistérios em mim Florbela é o auge da intenção de desnudar-me sangrenta Brinco de inventar com o Rosa Simplifico sentimentos ao parecer Quintana Valso com Chico ao sentir-me mulher Drummond me ajuda a carregar o mundo E vou assim tal qual personagem sem rosto
sábado, 26 de setembro de 2009
sábado, 19 de setembro de 2009
Hoje acordei com fitas no cabelo
e nas mãos anéis de pedras toscas
argolas da cor do ouro
muitas pulseiras
Senti cheiro de erva
invadindo narinas dormentes
Toquei em sedas
com os dedos que não eram mais meus
Sei por outros dela em mim
do seu desejo de sair
do seu medo da prisão
È de sempre a vontade de andar
pelos becos mais alegres
nos encontros de se amar
Se de antes ela vem
parece me preparar
pro dia que eu também
resolver me enfeitar
sair por bandas mais distantes
sem ter explicar
porque mesmo tão sozinha
é por lá que vou ficar
Farei outras alianças
me convertendo a outras crenças
Buscarei passos de outra andança
que por meio dela enfrenta
as cargas mais pesadas
os olhares de mau agouro
o destino dos pequenos
dos que quebram as argolas
desafiam pensamentos
Sina errante de outros cantos
de terras de outro mar
viajou
veio num barco
dentro de outro pra cá
Se é de lá sua origem
seu começo está em mim
em sua saia escondida
sua boca de carmim
Depir-me
Mostrar-me inteira
sem remendos
é a sina que me inspira.
Dulce
na escrita inaugura sessões de descarrego
com ervas cheirosas
velas acesas rascunham a margem
com ervas cheirosas
velas acesas rascunham a margem
do limo tira a cor dos olhos
e das saias bordadas com linhas da terra
sai o vento
o movimento da vida
os pedidos
as canções marcadas pelo som oco
os pés descalços amassam a úmidade da noite
e das saias bordadas com linhas da terra
sai o vento
o movimento da vida
os pedidos
as canções marcadas pelo som oco
os pés descalços amassam a úmidade da noite
o rio vê tudo
abençoa o ritual
improvisa o caminho
abrindo passagem
pra ela e suas mandingas de mulher
celena
abençoa o ritual
improvisa o caminho
abrindo passagem
pra ela e suas mandingas de mulher
celena
terça-feira, 8 de setembro de 2009
Vou bem lá atrás
no tempo de me ver menina
E é lá que encontro com você
O amigo mais querido
dividindo risadas
escondendo os segredos dos outros
brincando de inventar futuro
Quem disse que os papéis dessa vida são tão certinhos:
a mãe o pai
a irmã a amiga
o vizinho o parente
o professor o colega da sala...
De verdade nada fica no seu lugar o tempo todo
Embaralhamos
Confundimos
Ajeitamos da melhor maneira
pra vida ter mais graça.
Somos amigos:
os sem idade
palhaços
sensíveis
artistas
professores
alunos
Tudo ao mesmo tempo...
Alegria não é pra qualquer um
até quando as coisas não vão muito bem lá fora
e o mundo não parece tão acolhedor
é no riso que encontramos a mola
que nos faz pular bem alto
acima das nuvens feinhas
das caras de poucos amigos
Qual de nós dois já sabe de cor a vida
decorou tabuada
sabe o nome dos poetas
domina o computador
entende de carinho
tem amigo que é pra sempre
vê poesia nas imagens
e escreve pra passar o tempo?
Nem mais sabemos
dulce
no tempo de me ver menina
E é lá que encontro com você
O amigo mais querido
dividindo risadas
escondendo os segredos dos outros
brincando de inventar futuro
Quem disse que os papéis dessa vida são tão certinhos:
a mãe o pai
a irmã a amiga
o vizinho o parente
o professor o colega da sala...
De verdade nada fica no seu lugar o tempo todo
Embaralhamos
Confundimos
Ajeitamos da melhor maneira
pra vida ter mais graça.
Somos amigos:
admiradores
os sem idade
palhaços
sensíveis
artistas
professores
alunos
Tudo ao mesmo tempo...
Alegria não é pra qualquer um
até quando as coisas não vão muito bem lá fora
e o mundo não parece tão acolhedor
é no riso que encontramos a mola
que nos faz pular bem alto
acima das nuvens feinhas
das caras de poucos amigos
Qual de nós dois já sabe de cor a vida
decorou tabuada
sabe o nome dos poetas
domina o computador
entende de carinho
tem amigo que é pra sempre
vê poesia nas imagens
e escreve pra passar o tempo?
Nem mais sabemos
dulce
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