Uso palavras emprestadas para dizer quem sou Encontro sempre um modo de parecer quem quero Quando meio Adélia invento um passado e mostro-me mulher madura Noutro dia sendo Clarice encontro mistérios em mim Florbela é o auge da intenção de desnudar-me sangrenta Brinco de inventar com o Rosa Simplifico sentimentos ao parecer Quintana Valso com Chico ao sentir-me mulher Drummond me ajuda a carregar o mundo E vou assim tal qual personagem sem rosto
domingo, 29 de março de 2015
orai e vigiai
discursam ofendendo o divino com suas blasfêmias
como se o imperativo fosse perfeito
e dele viessem os atos com precisão
interrompendo a ordem natural das coisas
com o falso poder de estagnar vidas
purgando seus atos infames na nossa cara
com seus dedos indicadores
e bocas impregnadas de insultos
banalizando o sagrado
vivendo pelas beiradas o seu íntimo destino
de canastrões traidores de suas próprias verdades
os donos da língua e das palavras corretas
(des)qualificando de acordo com sua bondade tramada
os de vida dupla
aqueles que se despem frente ao possível bote sobre a presa
que nossas preces nos resguardem dessa gente
sendo com rezas e rituais
ou nos silêncios escondidos pela labuta de todo dia confirmando a fé nos homens
louvada seja a delicadeza dos encontros com o sublime
e bendita a permanência do humano em nós
sábado, 28 de março de 2015
sábado, 7 de março de 2015
sexta-feira, 6 de março de 2015
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