domingo, 29 de março de 2015



orai e vigiai
discursam ofendendo o divino com suas blasfêmias
como se o imperativo fosse perfeito
e dele viessem os atos com precisão
interrompendo a ordem natural das coisas
com o falso poder de estagnar vidas
purgando seus atos infames na nossa cara
com seus dedos indicadores
e bocas impregnadas de insultos
banalizando o sagrado
vivendo pelas beiradas o seu íntimo destino
de canastrões traidores de suas próprias verdades
os donos da língua e das palavras corretas
(des)qualificando de acordo com sua bondade tramada
os de vida dupla
aqueles que se despem frente ao possível bote sobre a presa


que nossas preces nos resguardem dessa gente
sendo com rezas e rituais
ou nos silêncios escondidos pela labuta de todo dia confirmando a fé nos homens


louvada seja a delicadeza dos encontros com o sublime
e bendita a permanência do humano em nós




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