Ninguém mais sabia dele
endereço ignorado
falta de comunicação
Mundo pequeno
Vontade enorme de sumir
Escapava
Desviava o rumo quando percebia o conhecido
o já visto naquele tempo
Sustentava seus delírios de solidão
Conseguia não mais olhar os guardados em cima do móvel escuro
Ignorava os novíssimos meios de se encontrar alguém
Seria um dia vazio de histórias
dulce
Uso palavras emprestadas para dizer quem sou Encontro sempre um modo de parecer quem quero Quando meio Adélia invento um passado e mostro-me mulher madura Noutro dia sendo Clarice encontro mistérios em mim Florbela é o auge da intenção de desnudar-me sangrenta Brinco de inventar com o Rosa Simplifico sentimentos ao parecer Quintana Valso com Chico ao sentir-me mulher Drummond me ajuda a carregar o mundo E vou assim tal qual personagem sem rosto
sábado, 29 de maio de 2010
Se cruzo com você na esquina
disfarço
viro senhora ocupada
preocupada com a hora
É o coração que acelera
manda eu arrumar os cabelos
ajeitar o vestido
aos pulos atravessa a rua
por pouco não chama seu nome
Dou a ordem de parar
Obedece
contrariado
encolhe a vontade
Sem deixar que perceba
olho bem para o seu rosto
e deixo que se confunda com o da foto da caixa
dulce
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