Uso palavras emprestadas para dizer quem sou Encontro sempre um modo de parecer quem quero Quando meio Adélia invento um passado e mostro-me mulher madura Noutro dia sendo Clarice encontro mistérios em mim Florbela é o auge da intenção de desnudar-me sangrenta Brinco de inventar com o Rosa Simplifico sentimentos ao parecer Quintana Valso com Chico ao sentir-me mulher Drummond me ajuda a carregar o mundo E vou assim tal qual personagem sem rosto
sábado, 29 de maio de 2010
Se cruzo com você na esquina
disfarço
viro senhora ocupada
preocupada com a hora
É o coração que acelera
manda eu arrumar os cabelos
ajeitar o vestido
aos pulos atravessa a rua
por pouco não chama seu nome
Dou a ordem de parar
Obedece
contrariado
encolhe a vontade
Sem deixar que perceba
olho bem para o seu rosto
e deixo que se confunda com o da foto da caixa
dulce
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário