
na janela
com coleira de fino trato
quieto
olhos engolindo tudo
protegido sem querer
dos perigos do mundo
o gato só via o pássaro
na árvore
o pássaro
livre
arriscando tudo pra começar o dia
cantava
sem nem saber do gato
dulce
Uso palavras emprestadas para dizer quem sou Encontro sempre um modo de parecer quem quero Quando meio Adélia invento um passado e mostro-me mulher madura Noutro dia sendo Clarice encontro mistérios em mim Florbela é o auge da intenção de desnudar-me sangrenta Brinco de inventar com o Rosa Simplifico sentimentos ao parecer Quintana Valso com Chico ao sentir-me mulher Drummond me ajuda a carregar o mundo E vou assim tal qual personagem sem rosto
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