Uso palavras emprestadas para dizer quem sou
Encontro sempre um modo de parecer quem quero
Quando meio Adélia invento um passado e mostro-me mulher madura
Noutro dia sendo Clarice encontro mistérios em mim
Florbela é o auge da intenção de desnudar-me sangrenta
Brinco de inventar com o Rosa
Simplifico sentimentos ao parecer Quintana
Valso com Chico ao sentir-me mulher
Drummond me ajuda a carregar o mundo
E vou assim tal qual personagem sem rosto
sexta-feira, 18 de novembro de 2011
quando Maria pensa em João
já não suspira
nem faz diálogos imaginários
agora
quando Maria pensa em João
nem se imagina naquela história
Um comentário:
Anônimo
disse...
Como os poetas conseguem chegar no fundo do pensamento de quem os lê!
Um comentário:
Como os poetas conseguem chegar no fundo do pensamento de quem os lê!
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