Uso palavras emprestadas para dizer quem sou
Encontro sempre um modo de parecer quem quero
Quando meio Adélia invento um passado e mostro-me mulher madura
Noutro dia sendo Clarice encontro mistérios em mim
Florbela é o auge da intenção de desnudar-me sangrenta
Brinco de inventar com o Rosa
Simplifico sentimentos ao parecer Quintana
Valso com Chico ao sentir-me mulher
Drummond me ajuda a carregar o mundo
E vou assim tal qual personagem sem rosto
domingo, 29 de janeiro de 2012
deixou a luz acesa
a espera
de quem saiu
prometendo voltar
lá dentro a cama arrumada
flores no jarro
cheiro de amor comprado como incenso
quem passa guarda a imagem
pra virar poema
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