Uso palavras emprestadas para dizer quem sou
Encontro sempre um modo de parecer quem quero
Quando meio Adélia invento um passado e mostro-me mulher madura
Noutro dia sendo Clarice encontro mistérios em mim
Florbela é o auge da intenção de desnudar-me sangrenta
Brinco de inventar com o Rosa
Simplifico sentimentos ao parecer Quintana
Valso com Chico ao sentir-me mulher
Drummond me ajuda a carregar o mundo
E vou assim tal qual personagem sem rosto
sexta-feira, 12 de junho de 2015
quem dera desse dinheiro essa história de poesia
moça nem saia de casa
mal acordasse já escrevia
e assim ia até o fim de noite
com tudo escrito sem corrigir
porque ela
a moça
confia nos dedos
e mais ainda no que sopram no seu ouvido
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