sábado, 26 de novembro de 2011

fez igualzinho mandaram
pegou dicionário
meteu na mochila e foi
nem precisou
quando não sabia o que era
buscava nome da cabeça
explicava sentido pelo cheiro
botava ouvido grudado pra reproduzir som
aprendeu tanto com isso
que desandou a ensinar
escrevendo nos muros da cidade
pra ninguém carregar peso nas costas
bastava olhar pra fora da janela
e lá estavam elas
as palavras desenhadas
com significado do lado
e prazer maior ainda
era contar pra todo mundo
que era de mentirinha
era coisa da cabeça
da cabeça de poeta
herança de uma avó de longe
habilidosa com as linhas
bordava que era uma beleza
cada lindeza de desenho fazia
veio daí o jeito da moça

com boa mão pra bordar palavras

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