Uso palavras emprestadas para dizer quem sou
Encontro sempre um modo de parecer quem quero
Quando meio Adélia invento um passado e mostro-me mulher madura
Noutro dia sendo Clarice encontro mistérios em mim
Florbela é o auge da intenção de desnudar-me sangrenta
Brinco de inventar com o Rosa
Simplifico sentimentos ao parecer Quintana
Valso com Chico ao sentir-me mulher
Drummond me ajuda a carregar o mundo
E vou assim tal qual personagem sem rosto
sábado, 26 de novembro de 2011
gosto de ficar bem cheia
gorda de ideias
entupida de palavras
fica fácil assim
de traduzir sentimento
e rascunhar a vida
é bom pro cotidiano
porque acordar cuspindo palavras que sobraram do sonho
faz o dia mais bonito
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